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África
A África é o terceiro maior continente do mundo e se compõe de mais de 50 países. Mais de um oitavo da população do mundo vive nela.
Solo e clima
A paisagem africana é variada. O norte e o oeste do continente são, de modo geral, regiões mais baixas e mais planas que o leste e o sul. A África é o continente geologicamente mais antigo do mundo. Por essa razão, suas montanhas não são tão altas quanto as de outros continentes. Elas foram desgastadas pela ação do vento e da água ao longo de milhões de anos.
O que mais chama a atenção na paisagem física africana é uma série de grandes fendas na região oriental do continente, conhecidas como Grande Fossa Africana (também chamada de Grande Fenda Africana ou de vale do Grande Rift). Essas fendas se estendem por dois continentes, desde o oeste da Ásia até o leste da África. Na África, elas formam uma série de vales profundos, estreitos e compridos.
Um dos dois rios mais longos do mundo, o Nilo, flui pelo norte da África. Outros rios africanos de grande extensão são o Congo, na África central, o Níger, no oeste, e o Zambeze, no sul do continente. A África oriental tem uma sequência de grandes lagos.
O continente é atravessado ao meio pelo equador. Isso significa que a maior parte da África, a parte central do continente, fica nos trópicos, uma região em que faz calor o ano inteiro. Nas terras baixas próximas ao equador há chuva o ano inteiro. Ao norte e ao sul dessa área chuvosa se estendem grandes regiões em que a estação das chuvas é seguida por uma estação seca. O clima é seco e muito quente o ano inteiro nos principais desertos africanos: o Saara, no norte do continente; e, no sul, os desertos do Kalahari e da Namíbia.
Fauna e flora
Um problema sério nas áreas de savana é que a vegetação está sendo derrubada, deixando a terra nua. Com o aumento da população, cada vez mais árvores da savana são usadas como lenha ou na construção civil. Alguns cientistas temem que a retirada da vegetação possa levar a savana a se tornar um deserto.
Povos
Existem mais de mil línguas na África, mas algumas delas são faladas por poucas pessoas. O árabe é a língua principal do norte do continente. A maioria dos africanos ao sul do equador fala uma das muitas línguas bantas. De modo geral, o islamismo é a religião do norte da África e o cristianismo é a do sul. Também são praticadas religiões africanas tradicionais no continente.
Muitos países africanos são comparativamente pobres. Todos os países do continente têm ensino público, pago pelo governo, mas a maioria dos governos não consegue oferecer educação para todos. Milhões de africanos ainda são analfabetos. Boa parte do dinheiro para custear a saúde pública vem de outros países. Doenças infecciosas, como a malária, ainda são um problema sério, e cerca de 70 por cento de todos os casos de aids no mundo acontecem na África.
Economia
A maior parte dos recursos financeiros da África ainda vem da exportação de matérias-primas e de alimentos, mas muitos países do continente estão desenvolvendo indústrias. Algumas delas processam as matérias-primas produzidas em fazendas e florestas locais. Outras fabricam bens para serem usados na própria África. A África do Sul é o mais industrializado dos países africanos.
História
Acredita-se que a África seja o lugar onde primeiro surgiram os primeiros seres humanos, mais de 1 milhão de anos atrás. Durante a fase inicial de sua história, o continente africano teve muitos reinos e impérios. Uma das primeiras civilizações do mundo, a do antigo Egito, surgiu no baixo vale do rio Nilo há quase 5 mil anos.
A região conhecida como Núbia ficava ao sul do Egito. O poderoso reino núbio de Kush dominou o Egito por algum tempo, nos séculos VIII e VII a.C. No século IV d.C., o reino de Aksum, vindo do sul, conquistou Kush.
Os africanos têm um longo histórico de contato com outras potências. Por volta do século VIII a.C., os fenícios ergueram a cidade de Cartago na região que hoje constitui a Tunísia. No século II a.C., o Império Romano dominou parte do norte da África. Árabes vindos do Oriente Médio se espalharam pela região no século VII d.C. Grandes estados mercantes, como o Império de Gana, o Império do Mali e o Império Songai, floresceram no oeste da África. Na África oriental, poderosas cidades-estado, como Mogadíscio e Mombaça, comerciavam com a Arábia.
Os primeiros europeus a chegar à África foram os portugueses, no final do século XV. Pouco tempo depois, britânicos, holandeses e franceses também ergueram cidades e centros comerciais no continente. Entre o século XVI e o início do XIX, eles venderam escravos da África para as Américas. Grande número de pessoas escravizadas vieram então da África para o Brasil. Desse modo, a cultura brasileira foi enriquecida com as inúmeras contribuições trazidas pelos africanos em várias áreas, como a culinária, o vocabulário, a música e as tradições religiosas, que propiciaram, com o tempo, o surgimento de um sincretismo propício à tolerância e ao entendimento. No entanto, nesse período os europeus não chegaram a assumir o controle sobre os territórios africanos nos quais penetraram.
A partir do final do século XIX, a Grã-Bretanha, a França, a Bélgica, Portugal e a Alemanha passaram a colonizar a maior parte da África. Os europeus extraíam matérias-primas, como minerais e madeira, de suas colônias e as enviavam para a Europa. Os povos africanos não tinham influência alguma na maneira como eram governados. Com frequência, eram expulsos das melhores terras, para que estas pudessem ficar para os europeus. Muitos povos africanos resistiram ao controle europeu durante todo o período colonial.
No século XX, a independência foi finalmente concedida às colônias. Muitos países africanos enfrentaram grande turbulência depois de se tornar independentes. A violência étnica levou a muitas mortes, e em muitos casos explodiram guerras civis, com indivíduos e grupos lutando pelo poder. Os problemas eram agravados pelas economias fracas dos países. Em 2002, os países africanos formaram uma organização chamada União Africana, para tentar solucionar esses problemas. Organismos internacionais, como as Nações Unidas, também têm prestado ajuda aos países do continente.
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